Também morre quem atira

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e MINORIAS. Parece piada, mas é verdade.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e MINORIAS. Parece piada, mas é verdade.

Uma frase do grande presidente americano Abrahan Lincoln está tão atualizada na nossa democracia que parece que foi escrita ontem: “Um boletim de voto tem mais força que o tiro de espingarda”. Na nossa atua democracia o voto é uma arma, e infelizmente, a maioria de nós não sabe usar.

Um bom exemplo do dito acima, são os protestos que marcaram a posse do Pastor Marco Feliciano que passa a presidir a Comissão de Direitos Humanos e MINORIAS. Feliciano é alguém, no mínimo, controverso para representar as minorias.

Os manifestantes mostram, com toda a sua indignação na posse do deputado, que a democracia está além do voto, mas que está também no direito do protesto. Tais protestos se deram devidos as opiniões de Feliciano sobre os negros e homossexuais, justamente as pessoas que ele vai representar na comissão.

Como todos já sabem, Feliciano é pastor da Assembléia de Deus Catedral do Avivamento, mas não é a sua religião o foco do problema (como alguns cristãos protestantes alegam), mas as suas atitudes e opiniões incoerentes com o cargo que o mesmo vai ocupar. Algumas declarações do pastor podem nos dar uma ideia se ele tem ou não condições de assumir este cargo. Vejamos algumas delas:

“Africanos descendem de um ancestral amaldiçoado de Noé, isso é fato. O motivo da maldição é a polêmica…Não sejam irresponsáveis twitters”.

” A podridão dos sentimentos dos homossexuais levam ao ódio, ao crime  e a rejeição”.

Creio que para uma pessoa assumir um cargo público, esta pessoa tem que ser imparcial e procurar beneficiar ao máximo o povo, independente de raça, orientação ou religião. Mas os deputados que ajudamos a eleger são os mesmos, que de alguma forma (seja auxiliando, ou se omitindo), ajudaram Feliciano a chegar na presidência da CDHM.

Felizmente as opiniões do deputado não representam as opiniões da maioria do povo, e a muito tempo esta situação vem acontecendo, acabamos elegendo pessoas que não representam as nossas opiniões nem os nossos direitos. Mandamos homens para Brasília no intúito de que eles melhorem a nossa vida, mas só vemos corrupção e opiniões que ferem os direitos de todos, da unidade, do povo com um todo.

É hora de pensar e paramos da dar tiros nos nossos pés, pois escolhemos mal quem devia nos defender, nos representar. E se você não votou no Feliciano, mas o seu candidato o apoia, é hora de rever o seu voto.

Como foi citado por Lincoln, temos que usar todo esse poder a nosso favor, pois nosso voto é uma arma, e se estiver carregado de consciência, reivindicações e protestos, será uma arma letal contra os corruptos e sangue-sugas que infestam os corredores dos nossos parlamentos.

Nosso voto é uma arma que deve ser usada para nos defender e não para atacarmos uns aos outros, pois como diz o título do post: Também morre quem atira!

por Reinaldo Sousa

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Imagem: Vi o mundo e Revista Época