Olá jovens, após ter lido o livro “Ensaio sobre a cegueira” no ano passado, resolvi finalmente assistir o filme dirigido por Fernando Meirelles retratando o famoso drama escrito por José Saramago. Bom, o filme para mim deixou a desejar, eu vos aconselho a se esbaldar na interessantíssima leitura do livro, e desde já, tenho a felicidade de falar desta encantadora obra que me levou a repensar sobre muitos fatores que envolvem a vida de todos nós.
Atenção contém spoilers
Tudo se inicia com um homem que inusitadamente fica cego no trânsito, no entanto, a cegueira não é comum, trata-se de uma cegueira branca, assim descrita por todos que inevitavelmente são infectados por tal contágio, exceto a mulher do médico oftalmologista, demonstrando de maneira irônica o quanto o mundo material, as razões científicas comprováveis e a posição social de uma pessoa não significa nada perante a carência de valores invisíveis, porém altamente responsáveis pelo desenvolvimento da humanidade. Então você me pergunta, afinal, que valores são esses? E eu vos respondo com uma palavra, a palavra que movimenta tudo, seu nome é “amor”.
Sem amor seremos apenas meros “robôs” manipulados 24 horas pelo tão cobiçado capitalismo. Antoine Saint-exupéry na obra “O pequeno príncipe”, expõe o seguinte pensamento: “ O essencial é invisível aos olhos”, sim é este pensamento que Saramago apresenta, fazendo com que possamos visualizar que a ausência destes princípios essenciais estão nos deixando cegos pelo dinheiro. O caos manifestado no total descaso dentre cegos impossibilitados de exercer suas antigas funções, a pequenez da beleza exterior diante do infinito poder da interior, o que nos faz enxergar de verdade o que é importante e válido para a nossa evolução. Eu vos indico mais do que nunca esta leitura extremamente inteligente que com certeza irá abrir os seus olhos para o que há de mais admirável na vida, pois como Saramago diz no livro: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.
José Saramago foi um dos grandes escritores contemporâneos de língua portuguesa, ganhando inclusive o Nobel de literatura em 1998 e o Camões (maior prêmio para escritores de língua portuguesa) em 1995. Além de um talentoso escritor, Saramago também era um atuante crítico da política e da religião. Comunista convicto, por muitas vezes criticou o estado. Saiba mais sobre José Saramago.
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“Inté” pessoal.